Free cookie consent management tool by TermsFeed Generator

Enfermeira luta para não perder guarda do filho por atuar na linha de frente


07.12.2020

Segundo liminar da justiça, ela representa risco à criança pelo trabalho que exerce na pandemia. Caso está sendo acompanhado pelo Coren-MT e Cofen

A enfermeira de R. K.S., 28 anos, de Cuiabá (MT), está sendo pressionada a abrir mão da guarda do filho, 7 anos, em favor do pai, B.T.F., da cidade de Guaratuba (PR), sob o argumento de que, por exercer esta profissão e diante da situação de pandemia, ela representaria um risco à saúde de seu próprio filho.

No último dia 23 de novembro, uma liminar da Vara de Família e Sucessões de Guaratuba (PR) acatou o pedido feito pelo pai para que a justiça lhe conceda guarda do filho, fixando sua moradia no Paraná.

O documento reafirma um dos motivos pelos quais a criança deve ser afastada da mãe: “resta configurado o fundado perigo de dano, sobretudo diante da profissão exercida pela genitora (enfermeira) e pelo fato da pandemia da Covid 19 ainda não estar controlada em nenhum Estado da federação “. A decisão determina a realização de uma audiência de conciliação, em abril de 2021.

Segundo R.K.S., a criança mora com ela em Cuiabá e está com o pai desde março deste ano, inicialmente em Curitiba (PR), onde ele vivia na época. Desde julho, quando venceu o prazo fixado pelo casal para o retorno do filho, B.T.F se recusa a devolvê-lo. A enfermeira registrou boletim de ocorrência sobre o caso.

Ela atuou de maio a setembro deste ano na linha de frente, atendendo pacientes de Covid-19 internados em UTI. Está revoltada com a discriminação e a desvalorização de que tem sido vítima e está recorrendo na justiça.

“Sou mais uma das mães que abdicaram de estar ao lado de seus entes queridos em prol de ajudar as outras pessoas e agora uma juíza alega que, enquanto enfermeira, apresento risco para a vida do meu filho?”, questiona. “Quer dizer que eu não posso ser enfermeira e mãe? Isso é inadmissível, me deixa frustrada como mãe e como profissional em ver o quanto a nossa profissão é desvalorizada”.

Para o presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), a decisão “desrespeita todas as profissionais que atuam na linha de frente do combate à Covid-19, realizando um trabalho humanitário indispensável”. O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT), que classifica a decisão como uma violação ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, o qual assegura o direito de “exercer a Enfermagem com liberdade, segurança, técnica, científica e ambiental, com autonomia e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza”.

Fonte: Coren-MT e Cofen – http://www.cofen.gov.br/enfermeira-luta-para-nao-perder-guarda-do-filho-por-atuar-na-linha-de-frente_83646.html

Compartilhe

Outros Artigos

Receba nossas novidades! Cadastre-se.


Fale Conosco

 

Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro

Av. Pres. Vargas, 502 - 3º, 4º 5º e 6º andares - Centro, Rio de Janeiro-RJ, CEP 20071-000

(21) 3232-3232


Horário de atendimento ao público

08:00–17:00 - Mais informações em https://www.coren-rj.org.br/carta-de-servicos-canais-de-atendimento/

Loading...