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Atores técnicos e sociais discutem diretrizes para parto normal

Pactuação busca construir consensos que tornem as políticas de assistência efetivas

30.09.2015

Propostas de diretrizes de parto normal no Brasil estão sendo pactuadas pelas áreas técnicas e os atores sociais. Com a participação da área técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), das entidades representativas da Enfermagem e Medicina, e de representantes da sociedade civil organizada, ogrupo consultivo do Ministério da Saúde discutiu, em sua sexta reunião, nesta terça-feira (29/9) na OPAS/OMS, as diretrizes de assistência que serão submetidas a consulta pública.

Baseada no levantamento e validação científica de práticas adotadas internacionalmente, a metodologia adotada propõe diretrizes para o parto no Brasil, adaptando-as à realidade local e levando-as à discussão com entidades profissionais e sociedade. “Esta pactuação com os atores técnicos e sociais da assistência ao pré-natal, parto e puerpério busca construir consensos que tornem as políticas efetivas, não apenas no SUS, mas em todo o Brasil“, explica Esther Vilela, coordenadora-geral da saúde da mulher do Ministério da Saúde do Ministério da Saúde.

“Trata-se um processo inédito na construção de políticas públicas”, ressalta a conselheira federal Fátima Sampaio, representante do Cofen. Para Daphne Rattner, da ReHuNA – Rede pela Humanização do Parto e Nascimento, “o que está em discussão é uma mudança de cultura de assistência“. As evidências científicas internacionais apontam para um risco acrescido das intervenções desnecessárias no parto e reforça a necessidade de investimento em assistência ao parto para redução da mortalidade materno-infantil.

As entidades do grupo consultivo já chegaram a acordos consensuados nos principais tópicos em discussão, incluindo os profissionais habilitados e a necessidade de informar as mulheres sobre os riscos e benefícios da assistência hospitalar, em Casas de Parto e do parto domiciliar. A previsão é que as diretrizes para o parto normal entrem em consulta pública até o final de 2015. As diretrizes para parto cesariano, já aprovadas pela Conitec, estão em fase de revisão.

Enfermagem e o Parto Humanizado – A atuação da Enfermagem Obstétrica é um dos pilares do processo de humanização do parto. A assistência dessas profissionais durante o trabalho de parto está associada ao aumento dos índices de partos normais e redução das intervenções. Referência em humanização do nascimento, o hospital mineiro Sophia Feldman registrou uma drástica redução no número de episiotomias com realização de partos por enfermeiras obstétricas. O procedimento, que ocorria em 60% dos partos em 1992, é atualmente de 4%.

“A assistência obstétrica no Brasil vai melhorar quando as enfermeiras participarem ativamente dela”, afirmou o representante do CFM, Roberto de Moares. A oferta limitada de campos de boas práticas é o principal obstáculo à expansão das residências e especializações em Enfermeiras Obstétricas no Brasil.

Conheça as normas do Cofen sobre atuação em Enfermagem Obstétrica:

Resolução Cofen nº 477/2015– Dispõe sobre a atuação de Enfermeiros na assistência às gestantes, parturientes e puérperas.

Resolução Cofen Nº 478/2015– Normatiza a atuação e a responsabilidade civil do Enfermeiro Obstetra e Obstetriz nos Centros de Parto Normal e/ou Casas de Parto e dá outras providências.

Resolução Cofen Nº 479/2015– Estabelece critérios para registro de títulos de Enfermeiro Obstetra e Obstetriz no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem

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