---

Dia Mundial de Combate à Dor – 17 de outubro

---

15.10.2021

 

A dor afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil a prevalência é de em média 37%, contudo o seu controle e manejo ainda enfrentam alguns obstáculos, tais como: a educação inadequada dos profissionais de saúde e dos pacientes; a deficiência de políticas públicas que contemplem a incorporação de alguns medicamentos, ou sua pronta disponibilidade; e, a falta de diretrizes para o tratamento adequado.

É uma experiência subjetiva, complexa e de natureza multidimensional. Vem sendo uma das causas mais frequentes que levam as pessoas a procurarem o sistema de saúde.

A falta de diag­nóstico e tratamento adequado na sua fase aguda pode contribuir para que a dor se torne crônica ou agrave sua apresentação clínica. Portanto, o controle da dor tem se tornado uma prática de saúde pública indispensável em todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde.

No dia 17 de outubro é comemorado o Dia Mundial de Combate à Dor. Esta data foi criada pela Associação Internacional para Estudo da Dor (IASP) e apoiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004, com o intuito de chamar a atenção para esse problema de saúde pública.

A Câmara Técnica de Enfermagem no Manejo da Dor (CTEMD) acredita que a despeito da maior conscientização sobre a importância do controle da dor, muitos pacientes ainda não obtêm controle álgico satisfatório nos cenários de saúde no Brasil e no mundo. Trata-se de um problema de saúde pública que deve ser agravada, este ano, pelas repercussões da pandemia do COVID-19.

A CTEMD atua por meio de ações planejadas que integrem profissionais, pacientes e familiares, e que visem a gestão do cuidado aos pacientes com dor, com qualidade e segurança da assistência prestada.

A enfermagem oferece cuidado em diversos cenários. Aos pacientes hospitalizados, nas 24 horas. Neste sentido, desempenha um papel importante no manejo da dor, uma vez que realiza avaliações sistemáticas e estruturadas, capazes de fornecer informações sobre a eficácia da analgesia e, em colaboração contínua com a equipe multiprofissional identifica quando os pacientes experimentam alívio inadequado frente aos medicamentos, procedimentos e condutas prescritas para o seu tratamento.

Muitos profissionais, pacientes e familiares desconhecem a complexidade da dor, bem como seu impacto na qualidade de vida. Por isso, a importância da fornecer subsídios seja desde a formação acadêmica ou instrumentalizando o paciente referente a sua queixa dolorosa e suas interfaces.

Em algum momento da nossa caminhada, encontraremos alguém com necessidade de tratar dor e precisamos saber como manejar para trazer o tão esperado alívio.

 

 

Autoras: Membros da CTEMD

Juliane de Macedo Antunes (coordenadora)

Cecília Maria Izidoro Pinto

Maria Fernanda Muniz Ferrari

Mahhana Miranda Cordeiro

 

REFERÊNCIAS

 Vasconcelos, Fernando Holanda e Araújo, Gessi Carvalho de Prevalence of chronic pain in Brazil: a descriptive study. BrJP. [online]. 2018, v. 1, n. 2 [Acessado 13 Outubro 2021] , pp. 176-179. Disponível em: <https://doi.org/10.5935/2595-0118.20180034>. ISSN 2595-3192. https://doi.org/10.5935/2595-0118.20180034.

Antunes, Juliane de Macedo et al. Práticas de enfermagem ao paciente com dor crônica: revisão integrativa. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2018, v. 31, n. 6 [Acessado 13 Outubro 2021] , pp. 681-687. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1982-0194201800093>. ISSN 1982-0194. https://doi.org/10.1590/1982-0194201800093.

Moraes, É. B., Santos Garcia, J. B., de Macedo Antunes, J., Daher, D. V., Seixas, F. L., & Muniz Ferrari, M. F. (2021). Chronic Pain Management during the Covid-19 Pandemic: A Scoping Review. Pain management nursing : official journal of the American Society of Pain Management Nurses, 22(2), 103–110. https://doi.org/10.1016/j.pmn.2020.11.010