NOTA DE REPÚDIO


25.07.2018

À exoneração da subsecretária municipal de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, enfermeira Paula Travassos de Lima.

 

 

Depreciar, em um jornal impresso de circulação nacional, uma mulher, enfermeira digna, servidora do quadro permanente da Secretaria Municipal de Saúde e com experiência comprovada em gestão pública da Saúde. Foi o que fez Paulo Messina, o poderoso dito “supersecretário” da Casa Civil do Município do Rio de Janeiro. Ele exonerou, de forma injustificada, a subsecretária de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, enfermeira Paula Travassos de Lima, responsável pela gestão das Clínicas da Família.

Não houve sequer a consideração de um contato direto com a servidora: a subsecretária ficou sabendo de sua exoneração pelo Diário Oficial, na semana passada.

Paulo Messina segue atuando firme em prol do desmonte das Secretarias. Depois da Educação, ele fere no peito a importante área da saúde pública: a Atenção Básica.

No caso de Paula Travassos de Lima, segundo a matéria ao jornal O Globo (25/07)*, Paulo Messina afirma ter sentido “cheiro de coisa errada”. E, com o “cheiro” da suposição, julgou e condenou sem dar o direito inalienável de defesa à subsecretária. Também, sequer, aguardou o resultado da averiguação dos técnicos da Comissão de Programação e Controle da Despesa (Codesp) sobre as contas das entidades (OSs) que prestam serviços de saúde. De acordo com a Codesp, falta apurar com rigor os fatos apontados (excesso de gastos), e especialmente, saber se as OSs receberam verba a mais ou se a Prefeitura deixou de efetuar os pagamentos às entidades.

Na reportagem de O Globo, a subsecretária se defendeu: “De janeiro até agora, conseguimos regularizar os salários dos nossos colaboradores, saneamos despesas, olhamos a economicidade dentro do contrato, aproveitando e utilizando todo tipo de recurso. Não entendo o que está acontecendo”.

Mas, Messina não quis esperar exonerou e questionou a competência da funcionária na reportagem de jornal para justificar o seu ato. A enfermeira Paula Travassos acredita que esta foi uma atitude pessoal.

Pelo histórico de seu comportamento imperial, amplamente divulgado na mídia, fica claro que o “supersecretário” não compreendeu o seu papel como gestor público de tão importante pasta: trabalhar em prol do povo, aquele que o paga.

Sr. Secretário, há tempos também sentimos um “mau cheiro de coisa errada”. Mas sabemos de onde ele vem: da campanha diuturna do desmonte da saúde pública em todas as esferas do poder. E, visivelmente, apoiada por este governo municipal historicamente impopular.

A exoneração de Paula Travassos fragiliza a subsecretaria e traz um risco previsível à qualidade de atendimento à população. Também desestimula e tenta enfraquecer a categoria da enfermagem e dos funcionários públicos municipais, tratados não como trabalhadores, mas como peões de um joguete, movidos ao sabor da baixa política e gestão inábil.

Na luta para proteger a população do Rio de Janeiro, usuária que depende de ser atendida nas unidades de Atenção Básica da Saúde e nas Clínicas da Família para sobreviver. Em defesa da categoria da Enfermagem e dos servidores públicos, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro Coren-RJ REPUDIA a exoneração da subsecretária de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, enfermeira Paula Travassos de Lima.

*https://glo.bo/2LQTmsy

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