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Coren-RJ: mobilização por justiça para Edma e Marcos Valadão, mártires da Enfermagem

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10.05.2022

Passadas duas décadas e três anos do brutal assassinato do casal de enfermeiros Edma Rodrigues Valadão, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindEnfRJ), e Marcos Otávio Valadão, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem do Rio de Janeiro (ABEn RJ), o Judiciário do estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ ) marcou para o dia 11/05/2022, o julgamento da ação penal impetrada pelo Ministério Público. São três réus, dentre os quais inclui-se o presidente do Cofen à época do crime, Gilberto Linhares.

Esse julgamento reveste-se de muito significado, pois acontecerá no contexto das comemorações da 83a Semana Brasileira de Enfermagem (agenda científico-cultural instituída pelo Decreto da Presidência da República No 48.202 de 12/05/1960), celebrada anualmente entre 12 e 20 de maio, datas nas quais ocorreram, respectivamente, o nascimento da enfermeira Florence Nightingale (1820), e morte da enfermeira Anna Nery (1880). Mais ainda, porque, mesmo tarde, a esperança de que a justiça finalmente se fará, invadiu nossos corações e mentes.

Colegas vamos subir em nossas redes sociais: #marcoseedmavaladaopresentes e #abraceaenfermagem

 

Saiba sobre Edma e Marcos e a luta histórica deste casal pela Enfermagem

De 1988 a 2008, o Coren-RJ viveu o caos. Roubado e espoliado como o Rio de Janeiro, com direito até a presidente preso pelo velho vício criminoso da corrupção que corrói caráteres dos poderosos e ceifa as vidas dos contribuintes.

Em setembro de 1999, criminosos fizeram duas vítimas fatais: o casal Edma e Marcos Valadão, brutalmente assassinados, dentro de um carro, numa rua da Zona Norte carioca. Ativistas do movimento sindical e ligados às entidades de classe, ambos foram executados por denunciar as irregularidades praticadas pelos gestores do Cofen/Coren-RJ.

Edma e Marcos Valadão foram eliminados a tiros. Como outros mártires e ativistas sociais, eles também denunciavam bandidos, militavam pelos direitos humanos, pela dignidade da categoria, por respeito e seu reconhecimento pela sociedade.

Vinte e três anos se passaram. Amanhã, com o julgamento, a esperança de justiça para Edma e Marcos.

Que suas lutas pela união da classe, a coragem para denunciar malfeitores na proteção à enfermagem, e o sacrifício de suas vidas, não tenham sido em vão.

Edma e Marcos, presentes! Sempre!