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Audiência pública na ALERJ acolhe denúncias de assédio moral de trabalhadores da Saúde


26.04.2018

 

A situação insustentável por que passam os profissionais do Hospital Municipal Jurandyr Manfredini, especializado em psiquiatria, resultou em uma audiência pública, promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, na manhã desta quinta-feira (26), na ALERJ. Funcionários da enfermagem, médicos e de outras categorias fizeram várias denúncias, especialmente de assédio moral por parte da gestão, além das péssimas condições de trabalho, dimensionamento inadequado, entre outras sérias irregularidades apontadas. A proposta demanda uma reforma administrativa radical e que a unidade passe a funcionar com novo perfil de atendimento. A Secretaria Municipal de Saúde anunciou o fechamento do Hospital Jurandyr Manfredini, no padrão atual, condenado pela reforma manicomial.

Gerido pelo Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira (IMAS), vinculado ao Sistema Único de Saúde – SUS, o Hospital Municipal Jurandyr Manfredini foi chamado de Circo dos Horrores nos depoimentos, que acusam a gestão de maltratar funcionários e pacientes.Profissionais da unidade vêm sendo desrespeitados, humilhados e não são ouvidos pela gestão. Vários relatos foram colhidos durante a Audiência Pública, presidida pela deputada Enfermeira Rejane, que contou com a presença da presidente do Coren-RJ, enfermeira Ana Lucia Telles, do representante dos trabalhadores da Colônia Juliano Moreira, Bráulio Fernandes, e do superintendente de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Dr. Hugo Fagundes.

Para Ana Lucia Telles Fonseca, o Coren-RJ, como entidade fiscalizatória do exercício profissional da enfermagem, avança ao dialogar com outras categorias para se chegar a um denominador comum que saneie crises e previna situações abusivas, como as reveladas na audiência à gestão municipal do Jurandyr Manfredini:

“A saúde mental está em terceiro plano. Observamos o processo de sucateamento e iniciativas tímidas do poder público em garantir a saúde da população. A autarquia realiza atos de fiscalização no IMAS desde 2011, sem que tenha havido grandes avanços – ao contrário. O Coren-RJ não tinha participação nas discussões como esta aqui, de saúde mental, embora os profissionais de enfermagem sejam responsáveis por 80% dos apontamentos da OMS para a segurança do paciente. Precisamos estabelecer parcerias, conversar com outros Conselhos, porque a enfermagem não é a única categoria que tem contato com o paciente. A constatação do cerceamento da fala destes funcionários, hoje aqui presentes, não é uma questão de falta de recursos e investimentos, mas sim, da falta de uma gestão eficiente e humana”, finalizou a presidente do Coren-RJ.

A audiência previu resoluções. De acordo com a deputada Enfermeira Rejane, de imediato haverá mudança na composição da Direção Geral, sendo que membros de uma das diretorias já foram afastados. E, a médio prazo, a construção de um novo perfil do Hospital Municipal Jurandyr Manfredini com reforma da terapêutica psiquiátrica e a implementação de uma nova filosofia manicomial, a partir de um amplo debate com os quadros de trabalhadores. Para tanto, uma comissão de funcionários comporá um grupo de trabalho para dar início às mudanças.

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